Galeno deixou o relvado do Estádio do Dragão as 69 minutos e, no banco, foi às lágrimas ao recordar-se de duas perdidas incríveis, a pior de todas aos 66 minutos. Num contra-ataque de dois contra um, perdeu tempo, embrulhou-se com a bola e foi incapaz de servir Francisco Conceição que estava completamente sozinho. Viria a falhar novo golo, um minuto depois, antes de Sérgio Conceição optar por retira-lo de campo.
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Quando Pepê fechou as contas do jogo aos 75 minutos, o extremo brasileiro foi às lágrimas no banco. Sérgio Conceição foi confortá-lo e, na zona de entrevistas rápidas no final do jogo, analisou o momento de frustração do seu pupilo.
“Isso é bom. Está a sentir o jogo. Sentia que podia ter feito um bocadinho mais. Estamos juntos nesta luta. Quando perdemos, perdemos todos. Não foi só o Galeno que perdeu essas oportunidades. Fomos todos. É com este espírito que temos de continuar e atenuar aquilo que foi um campeonato não tão bem conseguido e com a conquista da Taça de Portugal”, disse o técnico do FC Porto.
Questionado se sentia um bocadinho pai do Galeno, a propósito de umas declarações suas quando Francisco Conceição foi chamado à Seleção A de Portugal, Conceição respondeu assim: “Eu quero ser, alguns é que se calhar não se sentem filhos”, atirou. Na altura, o treinador do FC Porto disse que se sentia um pouco pai de todos os jogadores.
Sobre o resultado, Sérgio Conceição lamentou mais uma entrada em falso, com o Vitória a fazer 1-0 antes de terminar o primeiro minuto de jogo.
“Acho que foi mais do mesmo que tem acontecido nos últimos jogos, a primeira vez que o adversário vai à baliza faz golo. Temos de abordar o lançamento de uma outra forma. Temos de disputar de outra forma os duelos. O jogo foi preparado, o Álvaro fala muito dos espaços a explorar, e hoje explorámos bem esses espaços. Andamos sempre, no fundo, numa primeira fazer de construção, a jogar nas costas dos médios. Era importante quando atraíamos os adversários, nos movimentos entre os centrais, e tudo isso foi preparado. Tivemos mais oportunidades, podia ter terminado de uma outra forma, mas pelo que o Vitória fez creio que é um resultado justo”, começou por dizer.
“É uma vitória que não dá nada. Não festejamos vitórias, festejamos títulos, então estamos satisfeitos q.b.. Na nossa vida, temos de estar habituados a situações negativas que não são expectáveis. Acho que os jogadores foram muito maduros. Continuámos dentro daquilo que era a nossa estratégia, hoje foi um jogo muito bom da parte dos nossos adeptos, até dos rivais, que estiveram sempre presentes. Ganhámos um jogo apenas”, completou.
Com a vitória, o FC Porto vai estar pela quinta vez na final da Taça, em seis anos de Sérgio Conceição.
“Em seis anos, cinco finais e três Taças de Portugal. Neste momento, creio que ainda devo uma ao FC Porto porque a perdi. Contas a acertar com o Sporting? Não depende do adversário, depende de nós. O Sporting é finalista por todo o mérito que teve pelos jogos difíceis que também tiveram até ao final”, completou.
O FC Porto avançou hoje para a final da Taça da Portugal em futebol, ao vencer o Vitória de Guimarães, por 3-1, na segunda mão das ‘meias’, indo defender frente ao Sporting o troféu conquistado nas duas últimas edições.
No Estádio do Dragão, no Porto, os portistas, que tinham uma vantagem de 1-0 da primeira ‘mão’, entraram a perder, com Afonso Freitas a marcar quando estava decorrido exatamente um minuto de jogo, mas deram a volta ao marcador, com golos de Taremi (26), de grande penalidade, Francisco Conceição (45+5) e Pepê (75).
Na final da Taça de Portugal, agendada para 26 de maio, o FC Porto, que tem 19 troféus na competição, vai defrontar o Sporting, que afastou o Benfica na outra meia-final.
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