Pinto da Costa: “Não peço a renúncia da administração da SAD e vou-me sentar no banco do Jamor”

Pinto da Costa falou à SIC após a tomada de posse de André Villas-Boas.

Como está a encarar este dia? “Com normalidade. Já estava marcado há dias, estava preparado para ele. Estive a tomar posse como membro do Conselho Superior e correu muito bem, foi um momento de transição muito calmo, sereno e com vontade de que o FC Porto continue a progredir”.

Uma palavra aos sócios e adeptos: “A palavra que deixo é o slogan que era da minha campanha, ‘Todos pelo FC Porto’. Assim, o FC Porto vai ser cada vez maior”.

Resultados e mobilização dos sócios nas eleições: “Mais do que um bom programa, o Villas-Boas é um nome com prestígio no FC Porto. Além disso, teve um apoio total da comunicação social, o único que foi isento e igual para as duas partes foi a SIC, razão pela qual estou a falar para vocês. Houve canais onde não consegui sequer falar onde ele teve abertura para entrevistas e era todos os dias apoiado e eu quase insultado. Houve jornais de referência que fizeram entrevistas com ele e eu nem uma linha tive para falar. As campanhas são como são, depois os resultados as pessoas vão atrás. Queriam uma mudança, têm uma mudança. Estou convencido que será para melhor. Mudar para pior não vale a pena, para ficar igual também não. Estou seguro que o André será capaz de levar o clube em frente”.

Desafio da nova liderança: “São muitos desafios. A parte financeira é sempre um desafio para qualquer pessoa a qualquer altura, sempre foi desde que entrei. Ele pôs a bitola alta ao dizer que para o ano seríamos campeões. É o que todos desejamos e era por isso que eu lutava. Espero que o FC Porto seja campeão pelos sócios”.

Elogios de Villas-Boas: “A parte dos elogios era previsível. Até aceito que da parte dele sejam sinceros, da parte de muitos que o aplaudiram é um pouco de hipocrisia porque conhece-os bem. Nós estamos a cumprir estatutos. Aliás, é o presidente da Assembleia Geral, que tomou posse até antes do período, que devia ser a 12 e passou para 7. Não fomos nós que fizemos os estatutos, nós até os queríamos mudar e não nos deixaram”.

“Eu não peço a renúncia não é por fuga nem para que digam que é um ato nobre. É nos interesses do FC Porto. Penso e estou convencido, e muita gente compreenderá, que a minha presença junto da equipa no final da Taça de Portugal, poderá ser uma ajuda. Não estou a ver que uma mudança abrupta no futebol fosse fator positivo, quando ainda nem falaram com o treinador nem com os jogadores. Se fosse, já o teria feito. Penso que a minha saída neste momento era negativa. De resto, não percebo a citação na medida em que ele já tem todos os dossiês possíveis, todas as questões que quiseram levantar, acesso a todos os serviços. Não vejo a diferença. Entraves? Nenhum. Tem tido tudo, tem visto tudo, têm-lhe sido dados todos os dossiês. Penso sinceramente que a minha presença no estádio é um acréscimo positivo para voltarmos a ganhar. Posso dizer que vou estar simbolicamente no banco do Jamor porque sinto que isso é importante. Vou estar no banco num sinal de força e união para que possamos ganhar. Para mim era muito mais agradável estar lá em cima, com as entidades e muitos amigos que tenho. Só não me demito porque penso que é importante a minha presença. A partir da Taça, que espero ganhar, demito-me porque não estou agarrado ao lugar. Estou apenas a lutar para que possamos vencer este troféu”.

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