Giro: Pogacar furou e caiu, mas já tem a camisola rosa vestida

O esloveno Tadej Pogacar (UAE Emirates) já tem a tão ambicionada camisola rosa da Volta a Itália em bicicleta, depois de vencer hoje a segunda etapa, mesmo depois de ter furado e caído no início da derradeira subida.

Depois de na véspera ter falhado por pouco o triunfo, Pogacar mostrou hoje ser o mais forte na ‘Corsa Rosa’ e venceu isolado a tirada, que ligou San Francesco al Campo ao Santuário di Oropa, em Biella (161 quilómetros), em 03:54.20 horas, passando a ter triunfos em etapas em todas as grandes voltas.

“É um sonho tornado realidade, uma vitória incrível. Depois de ter ganhado na Vuelta e no Tour, consegui ganhar uma etapa em todas as grandes voltas. Não é algo que todo o mundo tenha e é algo grande no ciclismo”, disse ‘Pogi’.

Contudo, Pogacar não evitou um susto e, na entrada para a subida final, de primeira categoria, sofreu um furo e, à entrada de uma curva, acabou por ver o pneu da frente fugir e sofreu uma pequena queda.

Já com uma nova bicicleta, o duas vezes vencedor do Tour conseguiu, com a ajuda de alguns companheiros de equipa, regressar ao pelotão, com a UAE Emirates a impor praticamente de imediato um ritmo maior na frente da corrida, preparando o esperado ataque do seu líder.

A 4,4 quilómetros do final, Pogacar desferiu um ataque, a que apenas responderam o australiano Ben O’Connor (Decathlon AG2R La Mondiale) e o britânico Geraint Thomas (INEOS), que, experiente, soube ir no seu ritmo, pois sabia que iria pagar mais à frente tentar seguir com o esloveno.

“Todos sabemos que Tadej é… é o Tadej”, afirmou Thomas, segundo classificado no Giro de 2023 e que cortou a meta 27 segundos depois de Pogacar, na terceira posição, com o mesmo tempo do colombiano Daniel Martínez (BORA-hansgrohe), segundo.

O ataque de Pogacar parecia ir deixar os adversários ainda mais longe na geral, mas, mesmo assim, o esloveno já tem 45 segundos de avanço sobre Thomas e Martínez, segundo e terceiro da geral, respetivamente.

“Não conhecia bem a subida, mais penso que tínhamos um bom plano. Acelerei depois do último esforço do Rafal Majka. O meu sonho era vestir a camisola rosa e agora posso relaxar uns dias”, referiu o novo líder.

Ben O’Connor acabou por pagar o esforço de tentar perseguir Pogacar e acabou na 13.ª posição a etapa, já a 1.00 minuto, tal como o colombiano Esteban Chaves (EF Education – EasyPost) e o cazaque Alexey Lutsenko (Astana).

Na luta pelo pódio, o jovem belga Cian Uijtdebroeks (Visma-Lease a Bike) subiu a quarto, a 54 segundos, em igualdade com o colombiano Einer Rubio (Movistar), com Lorenzo Fortunato (Astana) a ser o melhor entre os italianos, na sexta posição, a 1.05 minutos.

O português Rui Oliveira (UAE Emirates), depois de ter ajudado a reduzir a distância do pelotão para a fuga, foi 174.º, a 27.06 minutos, caindo para 173.º na geral, a 42.08.

O único luso no pelotão da ‘Corsa Rosa’ vai ter na segunda-feira um papel mais importante, tentando levar o colombiano Juan Sebastián Molano ao triunfo na terceira etapa, a primeira com hipótese de chegada ao sprint, entre Novara e Fossano (166 quilómetros).

Artigos Relacionados