Benfica defende vantagem mínima em França rumo às meias-finais

O Benfica defende na quinta-feira no sul de França, face ao Marselha, a magra vantagem conseguida na Luz, rumo a uma quarta presença nas meias-finais da Liga Europa em futebol, uma década depois da última.

A formação do alemão Roger Schmidt podia ter feito mais em casa, mas, depois de chegar a 2-0, com tentos de Rafa e Di María, e, quando o terceiro golo parecia próximo, ‘ofereceu’ o 2-1, numa falha grosseira de António Silva que Aubameyang aproveitou.

O golo do melhor marcador da atual edição da Liga Europa, com 10 tentos, aumentou as possibilidades dos franceses, que esperam poder conseguir agora a ‘vingança’ de 1989/90, daquele célebre golo de Vata, que falharam em 2009/10, ao perderem por 2-1 no Vélodrome, depois de um empate a um golo na Luz.

Para estar 100% concentrado no Benfica, o Marselha até contou com a ajuda da Ligue 1, que adiou o jogo que o ‘onze’ de Jean-Louis Gasset deveria ter disputado no fim de semana – acabou por cair para nono do campeonato, com um jogo em atraso.

Se os gauleses descansaram, para os ‘encarnados’ terá sido, até, melhor jogar, pois todos os titulares da primeira mão dos ‘quartos’ foram poupados, muitos a tempo inteiro, e outros jogadores puderam mostrar-se frente ao Moreirense (3-0), ganhar moral e mostrar que são alternativas.

Numa equipa inicial com oito alterações – sendo exceções Bah (muito tempo ausente devido a lesão), bem como João Neves e David Neres (saíram ao intervalo) -, Schmidt viu que Kökçü, Tiago Gouveia, Arthur Cabral, Carreras e até Rollheiser estão preparados para jogar em França.

Em relação ao ‘onze’, é provável que não se verifiquem alterações em relação à primeira mão, mas, no banco, o alemão também terá armas, jogadores em bom momento, em várias posições, para lançar em caso de necessidade.

O central Tomás Araújo, que se estreou a marcar pelo Benfica – como Rollheiser – face aos ‘cónegos’, também estaria neste lote, mas lesionou-se e é baixa para o embate de quinta-feira.

Os ‘encarnados’ chegam a Marselha como segundos da I Liga, lugar do qual já não devem sair, pois seguem a quatro pontos do líder Sporting (cumpre hoje, finalmente, o jogo em atraso da ronda 20) e já com mais 11 do que o terceiro, o FC Porto.

As atenções estão, assim, todas centradas na Liga Europa, prova em que o Benfica foi semi-finalista em 2010/11, eliminado pelo Sporting de Braga (2-1 em casa e 0-1 fora), e finalista vencido em 2012/13 e 2013/14, batido por Chelsea (1-2) e Sevilha (2-4 nos penáltis, após 0-0 nos 120 minutos), respetivamente.

Os ‘encarnados’, que já estiveram em 14 meias-finais europeias, procuram acabar com uma ‘seca’ de uma década sem presenças no top 4, sendo que nas duas últimas épocas caíram nos ‘quartos’ da ‘Champions’, face a Liverpool e Inter Milão.

A vantagem para a segunda mão é mínima, mas o Benfica qualificou-se em 22 das 29 vezes que iniciou eliminatórias com vitórias tangenciais em casa e aproveita nove dos 17 resultados registados em França, sendo que só ‘tomba’ nos 90 minutos com três – os desaires por mais de um golo.

O encontro entre o Marselha e o Benfica, da segunda mão dos quartos de final da edição 2023/24 da Liga Europa em futebol, realiza-se na quinta-feira, a partir das 21:00 locais (20:00 em Lisboa), no Estádio Velódrome, em Marselha, França.

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